Inclusão Digital


História
Já se sabe que o desenvolvimento tecnológico caminha a passos largos. Para a juventude atual é comum incorporar essas novas tecnologias ao cotidiano e, para muitos, é impossível viver sem a internet e sem maravilhas tecnológicas como: smartphones, celulares, computadores, notebooks, tablets, micro-ondas, câmeras digitais e etc. Mas, será que toda a sociedade acompanha esse desenvolvimento de forma natural? A resposta é: não!

Os idosos são uma parte da sociedade que apresentam bastantes dificuldades em lidar com essas constantes mudanças. Passar uma mensagem, imprimir segunda via de contas e consultar o guia médico on-line são pedidos que eles geralmente fazem ao neto ou a um filho, pois eles não se dão bem com a máquina, o computador. Tentando inserir esse idoso ao mundo dos computadores para minimizar as dificuldades e superar os medos, o Programa de Educação Tutorial de Engenharia Elétrica (PET-EE), da Universidade Federal do Pará (UFPA) oferta anualmente duas turmas, pelo menos, de Inclusão Digital para a Pessoa Idosa em parceria com a Universidade da Terceira Idade (UNITERCI) também da UFPA.

As aulas eram ministradas por bolsistas do PET-EE e cada turma possui carga horária de 25 horas. Durante as aulas, os idosos conhecem a história dos computadores, as peças que um computador precisa para funcionar, os periféricos, como ligar o computador, como desliga-lo, como criar arquivos e gerencia-los, como utilizar os editores de texto, planilhas e etc. Vale resaltar a atenção especial dada ao ensino do manuseio do mouse, logo nas primeiras aulas os idosos são guiados a atividades que utilizam bastante esse periférico para que eles possam dominar o uso do mesmo, pois essa é uma dificuldade comum a todos.

Ao final de cada turma, os idosos são orientados a executar algumas tarefas, utilizando os ambientes computacionais apresentados no curso, para efeito de avaliação de desempenho. Sabe-se que eles possuem um tempo de aprendizado diferenciado, mas se observa que os conteúdos são bem assimilados e que, ao término do curso, todos possuem uma postura diferente da inicial em relação ao computador.

A ID Atualmente
Com a reformulação do Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Elétrica, onde se prevê a obrigatoriedade de atividades de extensão para os alunos que ingressaram a partir de 2012, o curso de Inclusão Digital foi reformulado de tal modo que estes alunos sejam os ministrantes e possam acumular carga horária em atividade de extensão. Além da obrigatoriedade, espera-se, como tem acontecido nas experiências vivenciadas pelos alunos do grupo PET Elétrica, que a convivência com pessoas de idade avançada também possa contribuir na formação cidadã destes alunos.

A estratégia adotada para a reformulação consiste num treinamento prévio dos alunos, ministrado pelos bolsistas do grupo PET Elétrica, onde se apresenta o material didático a ser utilizado e seus conteúdos, seguido de uma orientação sobre cuidados como atenção, cortesia e paciência, necessários durante as aulas que terão também a presença de pelo menos dois bolsistas do grupo Este novo formato da Inclusão Digital teve início em abril de 2013.

Objetivos
Tem como objetivo a inserção de idosos no meio computacional, de modo a ensinar os conceitos básicos de informática:
  • Conceitos básicos: Hardware, Software, Sistema operacional, etc;
  • Nomenclatura e funcionamento do computador e periféricos;
  • Treinamento de utilização do mouse;
  • Criação e manuseio de arquivos e pastas;
  • Microsoft Word;
  • Microsoft Excel;
  • Microsoft Power Point.